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Nas últimas décadas assistimos a grandes mudanças no tecido empresarial português, com o surgimento de novas atividades, produtos e modelos de negócios e a substituição de vantagens comparativas por vantagens competitivas.
Ao longo dos seus 49 anos de existência, o IAPMEI acompanhou essas mudanças assumindo um papel fundamental na assistência técnica e financeira às empresas e empreendedores.
O IAPMEI, hoje.
Desde a sua criação, o IAPMEI tem como preocupações centrais a manutenção de um conjunto de instrumentos estruturais – financiamento, sistemas de incentivos, assistência empresarial, mecanismos de autodiagnóstico, a permanente adaptação às necessidades das empresas portuguesas e uma constante inovação.
Como exemplos de alterações recentes, destaque-se: a articulação entre o IAPMEI, o Banco de Portugal, a CMVM e o ISP, para atuar no domínio da literacia financeira, no domínio do estímulo ao empreendedorismo e de apoio às mais pequenas empresas; a dinamização de uma rede de fusões e aquisições; a dinamização da rede nacional de mentores; a integração do licenciamento industrial numa verdadeira política de empresa e de apoio ao investimento, com uma forte orientação para a redução de custos de contexto.
É por isso que o IAPMEI se distribui pelo território do continente, e desenvolve a sua atividade na proximidade à realidade das empresas, em conjugação com uma vasta rede de parceiros – bancos, instituições financeiras, business angels , incubadoras, associações empresariais, confederações e outras entidades públicas e privadas.
Porque o mundo mudou, também o IAPMEI acompanhou estas mudanças, com empresas cada vez mais exigentes, que querem uma instituição à sua medida, promovendo a competitividade e o crescimento empresarial, o reforço da inovação, do empreendedorismo e do investimento empresarial.
A proximidade às empresas é a razão de ser do IAPMEI.
Os primeiros anos
Na década de 70, para além de um choque petrolífero que originou uma grave crise internacional, passou-se pela instabilidade política decorrente da revolução de abril e pela perda de matérias-primas a preços favoráveis.
Uma multiplicidade de políticas económicas sem resultados, deu lugar a um aumento da inflação, a uma perda de empregos e a um decréscimo do PIB real.
Este foi o contexto que determinou o aparecimento do IAPMEI e a atividade que desenvolveu nos primeiros anos de trabalho junto das empresas.
Pré-adesão à CEE
Na década de 80, apesar da recuperação do PIB o desemprego aumentou, a inflação atingiu níveis históricos, e, consequentemente, as taxas de juro dispararam.
Apesar dos riscos associados a um quadro de escassez de recursos, o IAPMEI apoiou as empresas com a concessão de avales bancários e com assistência técnica às suas estratégias de modernização ou internacionalização.
Seguiu-se a fase de pré-adesão à CEE, culminando em 1986 com as linhas de crédito do Banco Mundial e os primeiros fundos comunitários, o que permitiu ajudar de forma mais eficaz as empresas nas suas estratégias de modernização.
Primeiro Quadro Comunitário de Apoio
O PEDIP (Programa Específico de Desenvolvimento Industrial em Portugal , designado hoje como PEDIP I ), introduziu novas lógicas aos programas de apoio à modernização das empresas, tanto a nível nacional como comunitário, inovando nos instrumentos de promoção da modernização empresarial.
O IAPMEI assumiu desde então, para além dos incentivos às empresas, a gestão do capital de risco e dos fundos consignados e, posteriormente, as obrigações participadas e da garantia mútua, contribuindo para que o mérito dos resultados daquele Programa fosse reconhecido além-fronteiras e tivesse influência no formato dos Quadros Comunitários de Apoio seguintes.
De entre as várias iniciativas e programas lançados pelo IAPMEI, destacam-se:
o lançamento em parceria com o INETI dos Centros Tecnológicos;
o suporte ao aparecimento de infraestruturas de apoio à criação de empresas;
o scoring e a qualificação empresarial;
as redes de cooperação entre PME;
as novas abordagens de formação e informação, como por exemplo a Formação-Ação para Quadros Empresariais.
Diversificação de setores e de atuação
A partir da segunda metade da década de 90, o IAPMEI, mais uma vez ao lado das empresas, alargou os seus setores de intervenção, desbravou caminho apostando nos ativos intangíveis, antecipando aliás, o paradigma da desmaterialização da economia suportada pela evolução das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).
Conhecimento, competência, qualificação, inovação, qualidade, informação, design, moda, parcerias, foram fatores dinâmicos trabalhados com e para as empresas. Nesse processo o IAPMEI recorreu a parcerias externas imprescindíveis com as associações empresariais, com o sistema bancário, com o sistema científico e tecnológico, com as outras instituições do Ministério da Economia, entre muitas outras.
De entre as parcerias, uma das mais relevantes foi a estabelecida com o ICEP, hoje em dia designado aicep Portugal Global - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, para a captação e negociação de investimento estrangeiro relevante para o desenvolvimento industrial nacional, como foi o caso da Autoeuropa.
Alargamento de parcerias
Nessa fase, o IAPMEI foi também alargando o seu quadro de parcerias a entidades públicas e privadas fora do âmbito do Ministério da Economia, que determinaram o aparecimento dos Centros de Formalidades das Empresas (CFE).
De salientar, ainda, as parcerias com o sistema bancário em diversas vertentes dos instrumentos financeiros complementares, no scoring das empresas e na análise de projetos dos sistemas de incentivos.