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26-02-2024
Transição ESG | Empresas planeiam aumentar investimento em sustentabilidade nos próximos três anos

O quadro regulatório relativo à prestação de contas das empresas em matéria de sustentabilidade veio acelerar as necessidades de adaptação dos modelos de negócio à avaliação de impactos em termos ambientais, sociais e de governação, os chamados critérios ESG, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


De acordo com dados do mais recente estudo da KPMG sobre transição para a sustentabilidade nas organizações, o aumento da capacidade de reporte ESG surge como uma das prioridades de gestão para muitas empresas, com 90% a afirmarem que têm planos para aumentar os seus investimentos neste domínio nos próximos três anos.

Mas as empresas, especialmente as grandes, que estão na linha da frente das obrigações de reporte dos desempenhos em sustentabilidade, não o estão a fazer só por uma questão de conformidade legal, mas também porque acreditam que o alinhamento do negócio aos critérios ESG vai trazer mais valor económico, social e ambiental para a empresa.
 

Quais são as principais áreas de investimento?

A afetação exclusiva de recursos humanos especializados à nova área (43%), a adoção de software dedicado para gestão de dados ESG (40%), e a formação de colaboradores (38%) são apontadas como as principais áreas de investimento a efetuar pelas empresas nos próximos anos.

A necessidade de quadros especializados no tema da sustentabilidade, uma adequada gestão de dados ESG, com cobertura de todas as cadeias de fornecimento, e a avaliação de risco ESG, estão no topo das preocupações dos empresários entrevistados, na sua maioria americanos e europeus, de vários setores de atividade. 

A melhoria da gestão de dados é vista como a melhor forma de integrar as metas ESG nas estratégias globais de negócio, mas as empresas enfrentam ainda outros desafios na sua transição para a sustentabilidade, como a insuficiência de recursos e a falta de comunicação entre as diferentes direções, o que vem justificar que mais de três quartos dos inquiridos tenham apontado a reestruturação organizacional como uma necessidade para alinhar os objetivos de gestão sustentável com a estratégia global da empresa.

Outras barreiras apontadas pelos empresários, que podem estar a dificultar a sua transição para a sustentabilidade, são a dificuldade que sentem em medir o retorno do investimento em atividades ESG, as restrições orçamentais, ou outras prioridades concorrentes com que se debatem na gestão dos negócios.
 
O estudo revela ainda que há um desfasamento entre a forma como as empresas percecionam o seu posicionamento em matéria de reporte ESG e a forma como o estão a implementar na prática. Embora a maioria das empresas (83%) acredite que está à frente dos seus pares em matéria de reporte de sustentabilidade, quase metade dos inquiridos ainda utiliza folhas de cálculo para gerir os seus dados ESG.

 
Como é que a transição ESG pode impactar as PME?

Apesar das PME não cotadas não integrarem o calendário formal de obrigações de reporte associadas à diretiva CSRD ‘Corporate Sustainability Reporting Directive’, é fundamental que estas empresas percebam que, mais tarde ou mais cedo, vão ser chamadas a partilhar os seus indicadores ESG, quer por via da cadeia de fornecimento em que participam, quer pela sua relação com financiadores ou investidores, no quadro das finanças sustentáveis, e que têm vantagem em acelerar o seu processo de transição para a sustentabilidade para se manterem competitivas.
 

Consulte aqui o espaço de conhecimento do IAPMEI sobre o tema e fique a compreender melhor o quadro regulatório europeu associado às obrigações de reporte da sustentabilidade corporativa nas empresas.
 
 
Última atualização
26-02-2024
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